O projeto olímpico para o Rio 2016 tem como regra fazer com que os eventos sejam realizados de forma eficiente e, ao mesmo tempo, de forma simples e econômica, deixando um legado tangível para a cidade e seus moradores.
As instalações terão padrão de excelência para as práticas esportivas. Projetos alinhados às funções e demandas das diferentes modalidades esportivas, sem luxo e/ou excessos.
Construído por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), o local terá boa parte de seu espaço destinada a empreendimentos residenciais e comerciais depois da Olimpíada.
Além de se transformar em um parque público, o restante da área deverá ter uso compartilhado por estudantes da rede municipal e por atletas de alto rendimento, em espaços que terão supervisão do Comitê Olímpico do Brasil (COB).
Hotel
Nos Jogos: Será um hotel de quatro estrelas novo e permanente, com 404 quartos para hospedar parte da mídia credenciada Legado: Estrutura será mantida como empreendimento privado depois dos Jogos Olímpicos
MPC (Centro Principal de Mídia)
Nos Jogos: Vai servir de base para a imprensa nacional e internacional credenciada (MPC, na sigla em inglês) Legado: O local se tornará um prédio de escritórios com uma torre de 17 andares, com mezanino, dois subsolos e garagem
IBC (Centro Internacional de Transmissão)
Nos Jogos: Centro de radiodifusão, destinado ao atendimento das operações das emissoras de TV Legado: Parte da estrutura que será desmontada, como vigas e pilares, será utilizada na construção do alojamento da pista de atletismo. O restante vai virar escritório
Estádio Aquático
Palco de uma das principais competições da Olimpíada, o Estádio Aquático também foi projetado de maneira a se transformar em dois centros de treinamento com piscina olímpica para depois dos Jogos do Rio, no próximo ano.
- custo: R$ 217,1 milhões
- 1º evento teste: abril/2016
- arquitetura: GMP Design e Projetos do Brasil; SBP do Brasil; Projetos; Lumens Engenharia
- construtora: Consórcio Onda Azul (Zadar /Engetécnica Serviços e Construções)
Na competição, a sede da natação e polo aquático terá duas piscinas, sendo uma de aquecimento, feitas pela empresa Myrtha, especializada no assunto e que fez as piscinas do Mundial de Esportes Aquáticos, em Kazan, na Rússia.
Muitos Estados brasileiros não possuem uma piscina com medida olímpica, ou seja, com comprimento de 50 metros. Então, diversos municípios já estão pleiteando receber a estrutura após a Olimpíada.
CENTRO DE TÊNIS
A quadra principal será mantida e o local poderá receber eventos internacionais. Das 16 quadras na Olimpíada, apenas 9 vão ficar.
ARENA FUTURO
Sede das partidas de handebol e de golbol, na Olimpíada e na Paralimpíada, respectivamente, a Arena do Futuro foi pensada de modo que a montagem e a desmontagem fossem simples e ela pudesse se transformar em escolas depois dos Jogos.
- capacidade: 12 mil lugares
- custo: R$ 146.8 milhões
- 1º evento teste: abril/2016
A fachada da instalação esportiva será a mesma da escola. Ela também terá os frisos que permitem a entrada de luz natural e ventilação, proporcionando um conforto térmico melhor.
O telhado também será reutilizado, pois as oito placas pré-moldadas serão levadas para outros lugares e farão a cobertura das quatro escolas. Até as vigas metálicas vão para as escolas, para dar suporte ao telhado.
Estrutura – Metálica
Estrutura – Concreto
As quatro escolas que serão construídas com a estrutura da Arena do Futuro serão para 500 alunos e terão 17 salas de aula cada.
Os ambientes serão adequados a um projeto de ensino de ponta, pois contempla sala multiúso e de informática, biblioteca e quadra poliesportiva coberta com arquibancada, entre outras instalações.
Ar-Condicionado
ESCOLA
Quatro escolas que serão construídas com a estrutura da Arena do Futuro. Serão para 500 alunos e terão 17 salas de aula cada.
Os ambientes serão adequados a um projeto de ensino de ponta, pois contempla salas multiúso e salas de informática, biblioteca e quadra poliesportiva coberta com arquibancada.
- 4 escolas
- 500 alunos por escola
- R$ 25.7 mi para desmontagem
- 17 salas de aula
- Auditório
- Biblioteca
- Estacionamento
- Refeitório
- Cozinha
- Banheiros
- Ar-condicionado
- Quadra poliesportiva coberta com arquibancada
ARENA CARIOCA 1
Após a Olimpíada, o local será transformado em um espaço para treinamento de alto rendimento (boxe e tae kwon do) e para receber eventos. Contará ainda com uma grande academia, área médica, auditório e vestiário
Arena Carioca 1 – Durante os JogosArena Carioca 1 – Após os Jogos
Após a Olimpíada, o local será transformado em um espaço para treinamento de alto rendimento (boxe e tae kwon do) e para receber eventos. Contará ainda com uma grande academia, área médica, auditório e vestiário
ARENA CARIOCA 2
Será um espaço de treinamento olímpico para atletas de alto rendimento em dez modalidades: judô, lutas, badminton, esgrima, levantamento de peso, tênis de mesa, tae kwon do, boxe, ginástica rítmica e ginástica de trampolim
Arena Carioca 2 – Durante os Jogos
Arena Carioca 2 – Após os Jogos
Será um espaço de treinamento olímpico para atletas de alto rendimento em dez modalidades: judô, lutas, badminton, esgrima, levantamento de peso, tênis de mesa, tae kwon do, boxe, ginástica rítmica e ginástica de trampolim
ARENA CARIOCA 3
Arena Carioca III – Durante os Jogos
Carioca III – Após os Jogos
No local será criada uma escola voltada para o esporte, recebendo cerca de mil alunos em horário integral. Serão 24 salas de aula, cozinha, refeitório, vestiários e espaço para a prática de mais de dez modalidades esportivas no Ginásio Experimental Olímpico e Paralímpico
VELÓDROMO
Após os Jogos, este velódromo fará parte do Centro Olímpico de Treinamento e contará com espaço de treinamento, seja em alto rendimento ou em projetos sociais, das modalidades boxe, tae kwon do, esgrima e levantamento de peso. A pista de ciclismo será mantida.
ARENA RIO
Após o evento Rio 2016, a Arena Rio continuará recebendo eventos culturais, shows e esportivos como: basquete NBA e lutas de MMA.
Em janeiro/2015, foi inaugurado o Centro de Treinamento de Ginástica Olímpica.
PARQUE MARIA LENK
Após a Rio 2016 esta estrutura será mantida e vai funcionar para receber atletas de alto rendimento, das escolas e de projetos sociais.
Arquitetura Nômade
O conceito de arquitetura nômade norteou a construção de algumas instalações esportivas, tendo como princípio a relação de custo-benefício da arena. Isso foi pensado não apenas para o momento de levantar a obra, mas também com a manutenção que cada local precisa ter no futuro. A ideia era manter apenas as arenas que tivessem um uso efetivo após os Jogos.
A maior preocupação dos organizadores é evitar o chamado elefante branco, ou seja, uma instalação que tivesse uso em 2016, mas depois ficasse ociosa.
Os dois exemplos mais emblemáticos são a Arena do Futuro, que vai virar quatro escolas depois dos Jogos, e o Estádio Aquático, que se transformará em dois centros de treinamento com piscinas em lugares diferentes.
COMPLEXO DEODORO
O Complexo Esportivo de Deodoro será o segundo centro mais importante de disputas do Rio-2016. O local será sede de 11 modalidades olímpicas e quatro paralímpicas.
Como recebeu provas do Pan de 2007 e dos Jogos Mundiais Militares de 2011, já tinha 60% das áreas de competição permanentes construídas. Essa parte do complexo está situada em área militar e continuará sob responsabilidade do Exército após a Olimpíada. Já as novas instalações – que compõem o chamado Parque Radical – serão transformadas em um grande parque público, com diversas atividades para a população.
Novas Instalações:
- Canoagem Slalom
- BMX
- Arena da Juventude
Instalações Provisórias:
- Mountain Bike
- Estádio de Deodoro
Readequações:
- Centro de Tiro
- Centro de Hóquei
- Piscina do Pentatlo
- Centro de Hipismo
Um parque dividido em cinco setores
Área do Parque: 490 mil m².
- Setor 1
A pista de BMX permanece, mas a de canoagem slalom vira um canal recreativo e um lago para recreação. Também terá quadras esportivas
- Setor 2
Terá ciclovia, trilhas ecológicas para caminhada e áreas para a prática de ginástica
- Setor 3
Receberá uma minipista de mountain bike e áreas de lazer com churrasqueiras
- Setor 4
Será um espaço para prática de esportes radicais, como skate e BMX, para iniciantes
- Setor 5
Terá um polo de inclusão digital, Clínica da Família e espaço sobre educação ambiental
O complexo fica na divisa das zonas norte e oeste, encravado entre os bairros de Anchieta, Campo dos Afonsos, Deodoro, Guadalupe, Jardim Sulacap, Magalhães Bastos, Parque Anchieta, Realengo, Ricardo de Albuquerque e Vila Militar.
Ele também faz limite com três municípios populosos da Região Metropolitana do Rio – Nilópolis, Nova Iguaçu e Mesquita. A região é uma das mais pobres do Rio e com a maior concentração de jovens da cidade.
CANOAGEM – SLALOM
Para receber a competição olímpica de canoagem slalom, a prefeitura precisou construir um lago artificial, que será aberto ao público para lazer. “O lago vai se tornar uma grande piscina.
Este equipamento, assim como a pista de BMX, fará parte do Parque Radical, que pode atender cerca de 1,5 milhão de pessoas”.
- 8.424 lugares temporários
- 25 milhões de litros é o volume total de água
- 12 millitros de água por segundo são lançados para formar a correnteza
Depois dos Jogos, ele também servirá para treinamento da equipe brasileira de canoagem. “A confederação e a prefeitura, com apoio do Ministério do Esporte, já estabeleceram os padrões básicos de funcionamento simultâneo para a comunidade e para o esporte.
Nos finais de semana será de uso público, e nos dias de semana haverá a utilização esportiva”, disse João Tomasini Schwertner, presidente da Confederação Brasileira de Canoagem.
A ideia é fazer algo nos moldes do que ocorre em Foz do Iguaçu, em Itaipu, onde um projeto social revela grandes talentos para a modalidade. “Mais da metade dos atuais integrantes da Equipe Permanente sediada em Foz do Iguaçu é de canoístas formados nessa escola”, revela Tomasini.
CANOAGEM – SLALOM
O Canal de Deodoro foi construído com a mesma tecnologia desenvolvida em Londres no Canal Lee Valley, onde ocorreram as disputas dos Jogos Olímpicos em 2012. Ambos foram projetados pelos norte-americanos John Felton e Bob Campbell, que já pensaram no legado após os Jogos.
Inicialmente, o canal de canoagem slalom seria desfeito, mas depois de uma negociação com a prefeitura do Rio chegou-se ao acordo de que ela será mantida. Nos fins de semana, a área de aquecimento se transformará em lago para o lazer.
BMX
Os atletas de BMX sempre tiveram dificuldade para treinar no Brasil por não dispor de uma pista com padrão olímpico. Agora, com a construção do equipamento em Deodoro, e a manutenção dele para depois da Olimpíada, a realidade pode mudar. “Será um grande incentivo para os novos atletas e crianças que pensam em ter um futuro no BMX e também para as próximas gerações que defenderão o Brasil na Olimpíada”, diz Priscilla Stevaux, atleta da modalidade.
Ela participou do evento-teste realizado no início do mês. “Gostei muito da pista. Ela tem característica de salto, uma vantagem pra mim, já que este é meu ponto forte. O trajeto todo também é muito bom, principalmente na segunda reta, com uma sequência de saltos que exige muita técnica. É minha parte favorita”, conta.
- 7.500 lugares temporários
- 30 a 40 s é o tempo médio de uma volta na pista
- 65 a 70 km/hé a velocidade média da modalidade
A criação da pista pode ajudar, inclusive, a modalidade a se tornar mais popular no País. A própria inclusão do BMX no programa olímpico, em 2008, já havia dado um grande impulso nisso. Agora a batalha da atleta será para se classificar para os Jogos.
CAMPO DE GOLFE
Depois de 112 anos, o golfe volta à Olimpíada e já tem lugar assegurado entre as principais polêmicas dos Jogos de 2016. Tudo por causa da decisão da prefeitura de permitir que uma área de preservação ambiental fosse usada para a construção do campo, que vai receber os melhores golfistas do mundo.
- capacidade:15 mil lugares
- custo:R$ 60 milhões
Fonte/Créditos:
Infográficos – O Estado de São Paulo